ST 01 - Religiosidades, mitologias e ensino de História na antiguidade e medievo

Prof. Dr. Renan Marques Birro - UPE

Prof. Dr. Guilherme Queiroz de Souza - UFPB

A presente proposta pretende abarcar desde as religiosidades e mitologias em voga na Antiguidade e Medievo até a recepção e ressignificação destas experiências na contemporaneidade. Assim, pretendemos abrir os horizontes para trabalhos que abordem estes recortes espaço-temporais não apenas na dimensão histórica, mas também historiográfica; ademais, temos particular apreço por propostas interdisciplinares, isto é, que dialoguem com campos como a Antropologia, Arqueologia, Artes, Direito, Filosofia, Geografia, Literatura e Sociologia. Ao considerar este diálogo entre presente e passado, destacamos aos interessados a necessidade imperiosa de pensar em estratégias de aplicação das pesquisas ao âmbito do Ensino de História, sobretudo na Educação Básica. Deste modo, pretende-se fomentar a experiência de "fazer história" de maneira indissociada de seu diálogo com a realidade vivida.


ST 02 - Religiões e redes de circulação na Monarquia Católica (Séc. XVI-XIX)

Profa. Dra. Janaina Guimarães da Fonseca e Silva - UPE

Prof. Dtrand. Giovani Albino Silva - UFF

Levando em consideração o boom historiográfico dos últimos 30 nos em torno do conceito de redes, sejam elas de sociabilidades, governativas e/ou religiosas, voltamos nossos interesses para a discussão desse conceito e sua aplicabilidade nos estudos coloniais. Esse simpósio, portanto, pretende abarcar propostas de pesquisas que se dediquem às redes de relações entre as diversas religiões e religiosidades durante o período colonial e a circulação de pessoas e bens diversos. Assim abarcaremos uma ampla gama de trabalhos, que versem sobre redes de informações, comerciais, administrativas e religiosas, bem como trabalhos que tenham como objetivo compreender instituições religiosas e administrativas entre os séculos XVI e XIX.


ST 03 - Religiões Negras no Brasil: da escravidão a pós-emancipação

Profa. Dra. Valéria Costa - IF Sertão PE, Campus Serra Talhada

Profa. Dra. Joanice Conceição - UNILAB

As experiências dos africanos e de seus descendentes na árdua travessia do tráfico atlântico e na diáspora das Américas tornaram-se campos de possibilidades para exitosas pesquisas nas áreas da Antropologia e da História, sobretudo no que diz respeito as formatações culturais religiosas (MINTZ e PRICE, 2003; COSTA e GOMES, 2016; CONCEIÇÃO 2017). Algumas perguntas vêm sendo formuladas, desde a década de 1970-80, comuns às inquietudes de antropólogos/as e historiadores/as: O que se passavam nas senzalas, cantos de trabalho, agremiações religiosas e culturais, cozinhas de casas grandes, no campo, nos labirintos das cidades que podem ser cotejados para pensarmos nas construções e reconstruções religiosas da população negra? Quais os limites das hibridizações entre o catolicismo e os demais aspectos religiosos trazidos pelos africanos para o Brasil? Percorrendo calundus coloniais, santidades setecentistas, aportando nos candomblés e irmandades negras, quantos africanos, crioulos, indígenas e europeus foram - entre negociações e conflitos - inventando e reinventando espaços sagrados? A descrição densa e a etnografia são ferramentas metodológicas compartilhadas por historiadores/as e antropólogos/as para trazer a luz dos debates as práticas religiosas dos africanos e de seus descentes na diáspora (GEERTZ). Um pouco destas inquietações foram, em 2016, abordadas por renomados/as estudiosos/as e fizeram parte da coletânea homônima a este simpósio temático (COSTA e GOMES). Todavia, a produção acadêmica, revisando teorias e metodologias, avolumam-se periodicamente. Portanto, o presente ST traz, como proposta, discutir os recentes estudos sobre religião e religiosidade negras nas cercanias urbanas e rurais da escravidão e da pós-emancipação. Serão muito bem-vindos trabalhos que abordem os diversos cultos africanos coloniais, os candomblés/xangôs, as irmandades negras, o Islã, a Jurema Sagrada, as trajetórias de lideranças afro-religiosas e demais vivências religiosas negras.


ST 04 - Religião como discurso: Linguagens, Literatura e a História das Religiões

Profa. Dra. Gisele Oliveira - UPE

Prof. Dtrand. Romero Bittencourt e Carvalho - PUC/MG

O ST "Religião como Discurso: Linguagens, Literatura e a História das Religiões" receberá comunicações que discutam o imaginário, a formação literária, a recepção e propagação do sagrado em palavra, em discurso, pelo viés da abordagem histórico-religiosa. Em comum acordo com a vertente italiana da história das religiões, se considerarmos olhar o discurso religioso como objeto de estudo e de pesquisa, a partir do princípio de que cada e todo fato religioso é uma formação, e, como tal, é a saída e, por isso, o índice de um desenvolvimento anterior e, ao mesmo tempo, o ponto de partida para um desenvolvimento posterior, compreendemos que um fato histórico-religioso nos é suficientemente explicado apenas quando devidamente inserido na sua própria linha de desenvolvimento (PETTAZZONI apud SABBATUCCI, 1963). Assim, se propõe examinar as religiões em seu desenvolvimento particular, em busca das motivações historicamente circunscritas para cada movimento, cada formação (PETTAZZONI, 1959). Afinal, toda religião é um produto histórico, culturalmente condicionado pelo contexto e, por sua vez, capaz de condicionar o próprio contexto em que opera (MASSENZIO, 2005), e esse condicionamento é majoritariamente gerenciado pela palavra, seja escrita ou verbalizada. As diferenças que encontramos entre as religiões remetem às diversidades de ordem econômica, política, social etc. existentes entre os vários âmbitos históricos: em síntese, a pluralidade das religiões remete à pluralidade das histórias, das formações, circunscritas por singulares discursos, escrituras sagradas, literaturas. A literatura, por sua vez, seja poética ou em prosa, profana, criativa, ficção, não está isenta do imaginário, da visão de mundo mítica ou religiosa do/a autor/a, da época, de uma cultura, servindo de documento para a pesquisa histórico-religiosa dados seu contexto de produção e intervalos de esquecimento ou ascensão entre o público leitor. Nessa perspectiva, almejamos apresentar um fórum de discussão que abranja diferentes abordagens e objetos de estudo por meio da visão histórico-religiosa, englobando temas como: o signo e o símbolo na linguagem mitológica da religião; a orientação ética a partir do sagrado; poesia e soteriologia na literatura ou o lirismo devocional; temas religiosos e metafísicos na literatura; entre o temor do castigo e o desejo de consolo ao longo da história na palavra sagrada; o sagrado em textos de perseguições; tensões entre sagrado e profano nas narrativas religiosas; a inserção do sagrado na oralidade e na escritura; o discurso religioso e as formas de poder; a instrumentalização do sagrado e da religião em obras de ficção e não ficção, entre outros.


ST 05 - Religião, laicidade e politica públicas

Prof. Dr. Marcos Vinicius de Freitas Reis - UNIFAP

Prof. Dr. David Júnior de Souza Silva - UNIFAP

Este grupo de trabalho consiste em discutir a complexa relação entre religião e politica no Brasil e no mundo. Percebemos aumento das chamadas bancadas religiosas no congresso nacional e tem proposto pautas vinculados aos seus valores religiosos e morais em formato de políticas públicas na educação, saúde, segurança pública, cultura, social, dentre outras áreas. Propomos debater as razões pelo aumento dos casos de intolerância religiosa e fundamentalismo religioso no Brasil, surgimento de partidos políticos vinculados a instituições religiosas, discursos politizados de líderes religiosos.


ST 06 - História Cultural das Religiões

Prof. Dr. Carlos André Silva de Moura - UPE

Prof. Dtrand. Dirceu Salviano Marques Marroquim - USP

O objetivo do simpósio é proporcionar uma discussão acerca dos estudos das religiões na perspectiva da História Cultural. A abordagem ganhou força com a chamada "virada cultural", a partir da década de 1970, quando grupos de historiadores questionavam esquemas teóricos generalizantes, com o enfoque nas distinções de natureza cultural, além das explicações sociais, políticas e econômicas. Pensar as religiões a partir das práticas e estratégias contidas no escopo da História Cultural permite resignificar o conceito como parte integrante de culturas específicas. Deste modo, seu estudo torna-se relevante na medida em que atua na desconstrução de generalizações que podem funcionar como ferramentas de violência em variadas espacialidades e temporalidades. O Simpósio Temático - História das Religiões e das Religiosidades tem como objetivo reunir trabalhos que abordem, tanto questões teóricas e metodológicas, como pesquisas sobre os seguintes eixos temáticos, dentre outros: 1. História das religiões e das Religiosidades, história comparada das religiões, história de instituições e confissões religiosas, história das teologias e da construção de crenças; 2. Religião, gênero e política; 3. Missionarismo, colonialismo e cristianização; 4. Os intelectuais, as mídias, os diálogos inter-religiosos; 5. Estado laico, fundamentalismos, intolerâncias e democracia; 6. Identidades, práticas, devoções e discursos religiosos nas sociedades modernas, pluralistas, cristãs, não cristãs e multiculturais.


ST 07 - Ensino de história e tempo presente: debates e experiências em torno dos traumas coletivos

Prof. Dr. Karl Schurster Veríssimo de Souza Leão - UPE

Profa. Dtrand. Alana de Moraes - UFRPE

Este simpósio tem por objetivo central reunir pesquisadores/as e professores/as que pensem acerca dos eventos traumáticos dentro e fora da sala de aula. Dessa maneira, enquadram-se trabalhos que debatam desde a estruturação do currículo e as experiências vivenciadas no ensino escolar até as discussões historiográficas acerca do tema. Existe hoje uma gama de documentos publicados pelos organismos internacionais que buscam reprimir e prevenir para que o brado do nunca mais dirigido aos eventos traumáticos, de fato, não voltem a se repetir. Apesar disso, desde os Hereros até os microfascismos existentes em instituições do Estado e na Sociedade Civil no tempo presente, a lição que a História nos dá é que o ódio, como ensinou Peter Gay, pode ser cultivado e o "outro conveniente" socialmente construído. Buscar mecanismos de ensino das experiências traumáticas vivenciadas de maneira coletiva configura-se em importante tarefa na construção da consciência histórica.


ST 08 - Mística, educação e sociedade nas religiões orientais

Prof. Dr. Arilson Oliveira - UFCG

Prof. Dtrand. Leon Adan Gutierrez de Carvalho - UFPR

O GT "Mística, Educação e Sociedade nas Religiões Orientais" busca como objetivo principal abordar/apresentar o contexto sócio-histórico (ética, visão de mundo, cosmologia, prática religiosa, embates políticos, educacionais, econômicos e relações intelectuais ou filosóficas) daquelas que conceitual, histórica, geográfica ou praticamente (seja como uma "invenção" cognitiva, no dizer de Edward Said, seja como prática "real") apresentam-se ou são apresentadas como de caráter oriental, tais como: Hinduísmo, Budismo, Xintoísmo, Confucionismo, Taoísmo, Islamismo etc., bem como as novas religiões de origem ou com aspectos orientais. E na busca de nossos objetivos (discutir o olhar do outro, sobre o outro e os métodos de abordagem), por conseguinte, abarcaremos quaisquer períodos históricos dessas religiões, seus possíveis encontros ou sincretismos, suas realizações educacionais, ritos, legados, diversidades, ações sociais e maneiras de ser, crer e não-crer.


ST 09 - Protestantismos e evangelicalismos brasileiros: cultura, sociedade, política e identidades

Prof. Dr. José Roberto de Souza - SPN

Prof. Dtrand. Edjaelson Pedro da Silva - UNICAP

Prof. Ms. Fúlvio Anderson Pereira Leite - SPN

Partindo de uma abordagem sociocultural, este simpósio temático tem por objetivo compreender a historicidade das práticas desenvolvidas pelos protestantismos e evangelicalismos brasileiros. Enfatizamos que ambos os movimentos não podem ser investigados como uma unidade, como se um bloco monolítico fosse, pois, o ambiente cultural e histórico proporciona peculiaridades locais. Por isso, privilegiamos uma perspectiva plural que apresente as dinâmicas existentes nos debates políticos, nas relações sociais, na construção das devoções, no trabalho dos representantes eclesiásticos, nos diálogos ou conflitos com outros protestantismos ou outras religiões, na construção de identidades culturais, dentre outras temáticas que contribuam para as análises das investigações das religiões em uma perspectiva plural. O grupo reunirá pesquisas de estudantes, docentes e investigadores em diversos estágios de formação, com a intensão de dialogar sobre as fontes, as propostas historiográficas, além das questões teóricas e metodológicas importantes para os estudos dos catolicismos no recorte temporal proposto.  

 Universidade de Pernambuco – Campus Mata Norte      Laboratório de Estudos da História das Religiões – LEHR          Rua Amaro Maltez, 201, Centro, Nazaré da Mata – PE.            CEP: 55.800-000.
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